sábado, 10 de dezembro de 2016


A flor da pele

Estou a flor da pele
Conto os nanossegundos
Os minutos ignotos
As cinzas das horas
E os dias hialinos
Tempo que nunca passa
Martírio que nunca passa

***
No sábado negro
Sábado meu
Sábado nosso
Magnânima amada minha

***
Conto o tempo
Os nanossegundos
Os minutos
As horas
E os dias
Para ter-te sacrossanta
Por fim
Nos braços meus
Negra Valquíria

***
Conto o tempo infindo
Os nanossegundos
Os minutos
As horas
E os dias
O tempo que não passa
Para ter-te
Negra açucena em prantos
Somente para mim
No dia que nunca chega


Samuel da Costa
(in, diálogos_lusófonos@yahoogrupos.com.br )



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